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O BITUCA

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Sumiu o Bituca. No bar do Ceará, onde dava plantão, não foi mais visto. No churrasquinho do Toni Gato, não apareceu mais. Deram falta dele também na birosca do Caquinho, na barraca da dona Iza, até mesmo no mercadinho do China. Desapareceu, virou fumaça, sem deixar vestígio em toda a Aclimação. Juca logo se deu conta da ausência dele. Gostava do Bituca, mas não se podia dizer o mesmo da vizinhança. Aquela mania de só aceitar o cigarro pela metade irritava muita gente. Vinha sorrateiro e interrompia o sujeito naquele finzinho de tragada, pouco antes de a guimba ir ao chão. Porque se o cigarro fosse descartado ele já não servia, tinha que ser dos que ainda resistiam na boca do fumante, como se o Bituca quisesse sorver um pouquinho daquele mesmo prazer efêmero. Cigarro inteiro então, tirado do maço, nem pensar, o Bituca se sentia ofendido. Uma vez ou outra aquele insólito expediente quase lhe valeu uns sopapos, mercê da insistência demonstrada diante dos incautos que não quer