EU E O JÔ
Uma vez o Jô Soares ligou pra mim. Achei que era trote. Eu editava a revista de uma fabricante de instrumentos de sopro. Ele iria até a fábrica para dar uma olhada nos trompetes, mas antes a gente faria uma entrevista para a publicação. Daí ele ligou direto pra mim na agência, sem me avisar. Levei um susto, pois não sabia do combinado. Logo estávamos conversando daquele jeito descontraído com que ele recebia seus convidados. A voz era inconfundível.
Falamos sobre as inúmeras preferências musicais dele e de como a música fazia parte do show que manteve durante décadas na tela. Era muito simpático e engraçado, arrancava risadas até pelo telefone. Mas nunca o encontrei pessoalmente. Duas ou três vezes o pessoal da agência foi até o programa dele, acompanhar um entrevistado, mas eu nunca fui.
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